Petróleo cai pelo terceiro dia em Londres

09-03-2011 07:05

 A especulação sobre um aumento da produção pela OPEP e o aumento das reservas nos EUA está a pressionar o preço do petróleo.

Os preços do petróleo nos mercados internacionais estão hoje em queda devido sobretudo a dois factores.

O primeiro motivo prende-se com a possibilidade de a Organização dos Países Exportadores de Petróleo (OPEP) aumentar a produção para compensar a ruptura da produção na Líbia, motivada pela escalada da violência no país. Ontem a aviação e artilharia de Muammar Kadhafi bombardearam uma das cidades chave que estava na posse dos opositores do regime líbio, Ras Lanuf.

Por causa da revolta social na Líbia a produção de petróleo do Norte de África sofreu um corte em um milhão de barris por dia, segundo a Agência Internacional de Energia (AIE).

É que o ministro do Petróleo de Angola afirmou ontem que o cartel deve esperar para ver como evoluem os acontecimentos na Líbia antes de convocar uma reunião de emergência para discutir os preços e a produção da matéria-prima. No mesmo sentido, o ministro do Petróleo do Kuwait disse que os membros da OPEO estão a ponderar um encontro "urgente" para determinar se é necessário aumentar a produção.

Além disso, o Instituto Americano do Petróleo revelou que os inventários de crude subiram em 3,8 milhões de barris para 348,5 milhões, na semana passada, o que sugere um enfraquecimento da procura.

Entretanto, o Departamento de Energia dos EUA, o maior consumidor de energia do mundo, deve anunciar hoje que as reservas petrolíferas subiram em 1 milhão de barris.

"Penso que a situação na Líbia está controlada em termos do preço do petróleo. Existe também uma grande quantidade de reservas no mercado", afirmou Mark Pervan, especialista em matérias-primas da Australia & New Zealand Banking Group, à Bloomberg.

É neste cenário que o preço do barril de 'Brent', a referencia para as exportações portuguesas, desce 0,65% para 112,33 dólares, em Londres, protagonizando a terceira queda consecutiva, ao mesmo tempo que o custo do barril de crude desvaloriza0,63% para 104,36 dólares, em Nova Iorque.