Com Luan Santana, quarto dia de folia na Bahia mostra força do Campo Grande

07-03-2011 07:28

 

Se Barra e Campo Grande disputam, Pelourinho revive velho Carnaval

Miguel Arcanjo Prado, enviado especial do R7 a Salvador
Juan Tellategui
Juan Tellategui

Pelourinho foi tomado pelo Carnaval tradicional baiano


 

 

 
O domingo (6) foi dia de o circuito Osmar, no Campo Grande, ter todas as atenções da mídia voltadas para si. Afinal de contas, foi o dia de as principais estrelas deixarem o mauricinho Barra-Ondina e voltarem para o berço de tudo, no circuito mais tradicional da folia baiana. 

Carla Perez abriu o dia com seu bloco infantil Algodão Doce. A loira teve sua tormenta, já que seu trio elétrico ficou sem som por 40 minutos, tempo em que chorou copiosamente até que seu microfone fosse restabelecido e ela pudesse voltar ao comando das crianças debaixo de sol. 

E foi com o sol a pino que Ivete Sangalo surgiu no Campo Grande acompanhada do jovenzinho Luan Santana. O público estava mais preocupado com a musa baiana, que investiu nos pagodes baianos em seu repertório e abraçou a canção Liga da Justiça, do grupo LevaNóiz, que tem tudo para ser a música da folia de 2011. 

Ivete Sangalo
Ivete dividiu o palco com Luan Santana - Foto: Sandro Honorato/Ag.Fred Pontes/Divulgação

Claudia Leitte veio na sequência de Ivete, fazendo uma homenagem à percussão baiana, acrescida da pegada eletrônica já tão comum na música que faz. Diante do calor implacável, resolveu jogar água em seus músicos e também no povo com uma mangueira. Os foliões agradeceram. 

Saulo e sua Banda Eva surgiram de branco, com sua tranqüilidade de sempre. Alinne Rosa estava saidinha no comando do Cheiro de Amor. 

No circuito Dodô, na Barra-Ondina, Daniela Mercury virou um quadro vivo, em homenagem aos artistas plástico. Bell e seu Chiclete com Banana arrastou como sempre uma multidão de chicleteiros ensandecidos. Léo Santana mais uma vez esbanjou muita sensualidade com o seu Parangolé. Seu inspirador, Xanddy, transformou a avenida Oceânica em uma quebradeira ao som do Harmonia do Samba. 

Pelourinho 

Enquanto a temperatura fervia, no Pelourinho o folião pode curtir um Carnaval mais familiar, com seus blocos afros tradicionais e palcos alternativo, além das pequenas bandas que arrastavam pequenos grupos de foliões pelas ruas centenárias. 

Pais e filhos fantasiados brincaram e se divertindo, mostrando que a velha alma do Carnaval ainda existe: a felicidade de celebrar a vida.

O jornalista Miguel Arcanjo Prado viajou a convite da Ciel Empreendimentos Artísticos.

Carnaval de Salvador
Foliões pulam no circuito Dodô, na Barra-Ondina - Foto: Juan Tellategui