Autoridades colombianas resgatam 22 trabalhadores às FARC
Ao início da tarde, quando o ministro colombiano da Defesa anunciou terem sido libertados os 22 reféns, o Exército colombiano procurava ainda um último trabalhador capturado por três elementos das Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (FARC), guerrilha activa em cerca de 50 por cento do território colombiano e com oito mil guerrilheiros em todo o país, segundo os números oficiais.
Um dos reféns conseguiu, ontem, escapar, o que permitiu às forças militares reforçar durante a noite as buscas até ser encontrada a vintena de trabalhadores detidos durante quase 24 horas, disse Rodrigo Rivera aos jornalistas, que classificou o sequestro como uma “acto de desespero” da guerrilha.
A operação de resgate – a maior desde Janeiro de 2008, quando 30 turistas foram sequestrados pelas FARC no Sudoeste – decorreu sem registo de confrontos entre o Exército e a guerrilha, depois de uma tentativa falhada de extorsão por parte das FARC, descreveu à agência AFP fonte envolvida na libertação dos trabalhadores.
Esta foi também a primeira libertação de reféns – em grupo – desde que o Presidente Juan Manuel Santos assumiu o poder, em Agosto do ano passado, sucedendo a Álvaro Uribe, de quem foi ministro da Defesa.
Para Leon Valência, especialista da Corporation Nuevo Arco Íris no conflito colombiano, as FARC, relegadas “nas montanhas e nas zonas fronteiriças”, estão menos activas junto dos centros urbanos e industriais, mas, ainda assim, capazes de responder a “pequenas operações” das forças da ordem.