Morte de juíza: Polícia Federal quer perícia de arma

08-10-2011 09:50

 

Rio - A Polícia Federal encontrou, nesta sexta-feira, uma arma que pode ter sido usada no assassinato da juíza Patrícia Acioli, em agosto, em Niterói. A pistola, calibre 45, foi localizada num barraco vazio, na Favela São João Operário, na Praça Seca, em Jacarepaguá.

Outras duas armas foram encontradas no mesmo local. Uma pistola calibre 380 e outra 45, de fabricação diferente da usada no crime.

Foto: O São Gonçalo
Patrícia Acioli foi morta com 21 tiros de armas de calibres 45, 40 e 38 

O armamento foi localizado por uma equipe da Delegacia de Combate ao Crime Organizado (DRCor), por volta das 12h. Eles estavam na favela realizando uma operação de combate ao tráfico de drogas e armas, quando receberam a informação do esconderijo da arma. A pistola ficará guardada num cofre na sede da Polícia Federal, na Praça Mauá, até segunda-feira, quando será enviada para perícia. Também foram arrecadas munição 45 e 380.

O delegado-titular da DRCor, Victor Hugo Poubel, não quis comentar o assunto. Assim que a arma chegou à sede da PF, a Secretaria de Segurança  Pública foi informada da possível localização da pistola.

De acordo com as investigações da Polícia Civil, Patrícia Acioli foi morta com 21 tiros de armas de calibres 45, 40 e 38. O Instituto de Criminalística Carlos Éboli está periciando cerca de 800 armas que foram recolhidas na sede do 7º BPM (Alcântara), unidade da Polícia Militar onde eram lotados dez dos 11 acusados de matar a magistrada. Entre os indiciados, está o coronel Cláudio Luiz Silva de Oliveira, comandante da unidade à época.

Em depoimento, os policiais militares declararam que as armas usadas no crime foram apreendidas em favelas de São Gonçalo, assim como a munição usada para matar a magistrada. O ato de se apropriar de bens apreendidos era chamado pelo grupo de ‘espólio de guerra’.

Cadeia e suspensão para policiais

A Justiça decretou a prisão preventiva de sete policiais do 7º BPM (São Gonçalo) que respondem a processos de homicídios em autos de resistência e suspendeu o exercício de função pública de outros seis. Este último grupo ainda terá de entregar suas armas.

A decisão foi do juiz Fábio Uchôa, que assumiu a força-tarefa que está à frente da 4ª Vara Criminal de São Gonçalo desde a execução da juíza Patrícia Acioli, ocorrida no dia 11 de agosto, em Niterói.