Henrique Meirelles assina filiação ao PSD e transfere título de eleitor para São Paulo

O ex-presidente do Banco Central Henrique Meirelles assinou nesta sexta-feira (7) a ficha de filiação ao PSD e transferiu seu título de eleitor de Goiás para São Paulo.

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Agora, ele reúne as condições exigidas pela Justiça Eleitoral para participar da disputa municipal de 2012 em São Paulo, se quiser. Meirelles poderia se candidatar a prefeito ou vereador.

Procurado pelo R7, o TRE (Tribunal Regional Eleitoral) de São Paulo confirmou a mudança de domicílio eleitoral. De acordo com a assessoria de imprensa da corte, Meirelles foi à 1ª Zona Eleitoral de São Paulo por volta das 15h30 de hoje.

Em seu site, o PSD, partido fundado pelo prefeito de São Paulo, Gilberto Kassab (ex-DEM), confirmou o ingresso do ex-presidente do BC, que deixou o PMDB.

Segundo nota divulgada pelo partido em sua página de internet, Meirelles manifestou satisfação após assinar a ficha.

- É com satisfação que anuncio minha entrada no PSD. Agradeço a acolhida no PMDB, o maior partido do país, mas essa oportunidade de participar da formação de um grande partido nacional desde o seu início me estimula muito.

Meirelles ressaltou que sua mudança não representa “um projeto eleitoral, mas de contribuir no debate e na formulação de políticas para sustentar e incrementar o nosso desenvolvimento”.

Kassab, que é o presidente nacional do PSD, referiu-se a ele como um “grande reforço” para a agremiação em São Paulo.

- Meirelles tem uma história pública densa, é um quadro preparado para ocupar qualquer cargo público. Nos oito anos em que ficou à frente do Banco Central, durante o governo Lula, ele marcou sua atuação pela capacidade de trabalho e pela competência, que é uma de suas maiores características.

Trajetória

Nascido em Anápolis (GO), Henrique Meirelles tem 66 anos, é formado em Engenharia Civil e presidiu o Banco Central durante todo o governo Lula, entre 2003 e 2010.

Em 2002, ainda como integrante do PSDB, foi o deputado federal mais votado de Goiás, mas não chegou a assumir o mandato porque foi chamado para integrar a equipe de Lula.

Ele se filiou ao PMDB há dois anos e chegou a ser cogitado para compor chapa com a então candidata do PT à Presidência, Dilma Rousseff. A vaga, porém, ficou com Michel Temer, hoje vice-presidente da República.